As dificuldades em localizar o corpo do menino Miguel dos Santos Rodrigues, 7 anos, que teria sido jogado pela mãe no Rio Tramandaí, apesar do exaustivo trabalho do Corpo de Bombeiros Militar nas buscas que prosseguiram hoje, aliado a diversidade de possibilidades, levou o delegado Antônio Carlos Ractz Jr, que conduz as investigações, a reconhecer que o corpo do menino pode não ter sido jogado no Rio Tramandaí, como declararam a mãe da vítima, Yasmin Vaz Rodrigues dos Santos e sua companheira Bruna Nathieli Porto da Rosa. As duas foram presas pela Polícia Civil, e na última segunda-feira (2), foram removidas, do Presídio de Torres onde estavam inicialmente, para a Penitenciária Estadual Feminina de Guaíba. “Eu não posso eliminar essa linha de investigação, tanto que já tivemos casos como o do surfista que desapareceu aqui e foi encontrado em São Paulo. Mas não posso procurar só na água, quando existe a possibilidade dele estar em outro lugar”, declarou o delegado Ractz em entrevista à Rádio Osório. Uma outra providencia adotada pelo policial, foi requisitar perícias a serem realizadas pelo IGP –Instituto Geral de Perícias, nos dois locais onde o menino residiu com a mãe e a companheira dela, “queremos uma busca minuciosa nesses dois locais, com o emprego de Luminol, que indica a presença de sangue, o que será importante para entendermos a dinâmica do crime”, explicou. Apesar dessa segunda linha investigativa, a Polícia Civil, segue apostando no trabalho dos bombeiros, e as buscas irão prosseguir, “nessa quarta-feira, na lagoa, no rio e no mar, seguiremos com todas as equipes mobilizadas em busca do menino. Com a água baixando, a visibilidade melhora e as pessoas começam a relatar a descoberta de algo que possa ser o pequeno Miguel, e temos que conferir”, defende o tenente Elisio Lucrecio, comandante do Corpo de Bombeiros Militar.  Um outro detalhe que surgiu nesta terça-feira, está ligado a um nome que surgiu nas mensagens de whatsapp decodificadas nos celulares de Yasmin e Bruna, “Em dado momento apareceu um print com o nome “Lorenzo”, que teria dito que, tinha que amarrar o menino, mais forte, para ele não fugir mais,  e que tinha que fazer ele limpar o quarto, traços fortes de maus tratos ao menor. “Estamos investigando se existe mesmo esse Lorenzo. Se existir, vamos responsabilizá-lo, também”, declarou o delegado. Em uma outra ação, o titular da DP de Imbé, está solicitando a autorização para realizar a reconstituição do crime.