O promotor de justiça Fernando Andrade Alves, considerou que não há motivo para que o julgamento realizado nesta sexta-feira(15) no Tribunal do Júri de Osório, seja anulado,  como pretende o advogado defensor dos réus, Rodrigo Morelatto. O advogado, ingressou com recurso, argumentando que o dispositivo de incomunicabilidade dos jurados teria sido violado. Os réus Everton Wiscov Ferreira, 31 anos, e Marino Renato Silveira da Rocha, 59 anos, foram condenados a cumprir  uma pena de 20 anos de reclusão pelo envolvimento no homicídio triplamente qualificado que teve como vítima Eduardo Fassbinder, 38 anos. De acordo com advogado Rodrigo Morelatto, os jurados conversaram entre eles, e com o promotor Fernando Andrade Alves, durante o recesso dos trabalhos, para o almoço, no início da tarde de ontem.

Em entrevista no programa Olho Vivo da Rádio Osório, neste sábado(16), o promotor de justiça Fernando Andrade Alves, referiu que o procedimento da defesa é normal, “em quase todos os julgamentos há o pedido de anulação, ou contestação do tempo da pena aplicada. Isso é normal”, declarou. O promotor, considerou que não há embasamento para que o julgamento seja anulado, pelo motivo alegado, “conversas entre o promotor e os jurados são comuns. E   no caso, não tratamos sobre o julgamento que estava ocorrendo”, defendeu. O promotor, ainda revelou que quando ocorreu o fato, o defensor foi consultado ainda no intervalo, se seria seu desejo que houvesse a anulação do julgamento, com a dissolução do conselho de sentença, “ele negou e disse que o julgamento poderia prosseguir. Ele (defensor) tem todo o direito de se insurgir com o que ocorreu. Cheguei a ponderar com o juiz sobre o fato, mas o julgamento prosseguiu, e agora o Tribunal de Justiça é que irá avaliar”, explica. De outra parte, o promotor de justiça Fernando Andrade Alves, revelou que irá avaliar, se ingressa ou não, com pedido de suspensão da concessão de prisão domiciliar para o réu Marino Renato Silveira da Rocha, autorizada ainda na fase de instrução do processo, sob alegação de problemas de saúde do réu.

O crime foi registrado no dia 26 de maio de 2018, em uma propriedade localizada na Linha Garapiá, na Barra do Ouro, em Maquiné.  A vitima foi morta com três tiros nas costas, quando retornava para casa, na companhia da filha de 11 anos de idade, na época.

Foto: Edgar Vaz