Um dos defensores de Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 26 anos, acusada de matar o filho, Miguel de 7 anos, e desovar o corpo no rio Tramandaí, junto com sua companheira Bruna Nathieli Porto da Rosa (23), tentou suspender a audiência de instrução, antes mesmo da primeira testemunha ser ouvida, na manhã desta quinta-feira (18), em Tramandaí. Assim que o Juiz Gilberto Pinto Fontoura, deu por aberta a sessão, e discorreu sobre o caso em questão, houve o pedido da defesa, alegando que dois documentos haviam sido juntados ao processo pelo delegado Antonio Carlos Ratz Jr, sem que tivesse sido comunicado aos defensores, e datado de 28 de outubro. A alegação foi de que a defesa não teria sido comunicada e nem tido a oportunidade de verificar o conteúdo, que seria referente a vídeos e áudios, apurados na investigação. No entendimento do defensor de Yasmin, tais documentos sem prévio contraditório, poderia acarretar prejuízo à defesa de sua cliente. Entretanto, o Ministério Público, através do promotor de justiça André Luiz Tronco Pinto posicionou-se contrário. O juiz então, indeferiu o pedido, mas admitiu a revisão dos relatórios, e determinou que tais peças não poderiam ser referidas pela testemunha, no caso o delegado Ratz Jr, em seu depoimento. A partir de então iniciou-se o interrogatório das testemunhas, num total de 22 depoimentos programados para essa quinta-feira (18) e a sexta-feira (19). Foram ouvidos, policiais civis envolvidos no registro da ocorrência no dia 29 de julho, e o delegado que presidiu o inquérito, Antonio Carlos Ratz Jr, titular da DP de Imbé. Além de testemunhas, arroladas nas investigações e indicadas pela defesa. A instrução do processo, deve continuar nesta sexta-feira (19). O crime ocorreu no dia 27 de julho, mas foi descoberto dois dias depois, quando a mãe e sua companheira, foram registrar o caso na policia, inicialmente como desaparecimento do menor, mas posteriormente confessando o assassinato.
Foto: Edgar Vaz/Rádio Osório