A instrução do processo que apura a morte do menino Miguel Santos Rodrigues, 7 anos, foi realizada em dois dias 18 e 19 de novembro, onde foram interrogadas 25 pessoas. Entre as quais Bruna Nathieli Porto da Rosa (23), companheira da mãe do menino, Yasmin Vaz dos Santos Rodrigues, 26 anos. Durante o depoimento de Bruna Nathieli, em dado momento, diante do relato feito pela mulher, com detalhes sobre a morte do menino, o Juiz Gilberto Pinto Fontoura, se emocionou e suspendeu o interrogatório, se retirando por alguns minutos da sala de depoimento. A defesa de Yasmin, que não prestou depoimento, alegando o direito constitucional, de não se manifestar, encaminhou ao final dos trabalhos, a suspeição do Juiz Gilberto Fontoura, alegando uma suposta parcialidade do magistrado no julgamento do caso. O depoimento de Bruna Nathieli, foi marcado pela  imputação de toda a responsabilidade pela morte do menino Miguel, à mãe  Yasmin, e que só teria acompanhado os fatos, sem  interferir. Através de sua advogada, revelou que seu maior arrependimento, se deu pelo fato de não ter evitado a morte do menino.  O pedido  de suspeição do Juiz foi negado pelo próprio magistrado, a quem cabe a análise e decisão de pedidos como esse, em caráter inicial, cabendo recurso da defesa junto ao Tribunal de Justiça, o que ainda não foi confirmado pelos advogados. Ainda foi negado, um outro pedido da defesa de Yasmin, que queria a cisão do processo, sob o argumento de que existe um conflito de teses, com a defesa de Bruna Nathieli. A proposição igualmente preterida, devido a inexistência de previsão legal para a solicitação, e por se tratar de diferentes técnicas, usadas pelos defensores. Porém, o magistrado acatou pedido de revisão de documentos e informações que durante os interrogatórios, revelaram a ida da Brigada Militar à casa das acusadas, duas vezes na noite do dia 29 de julho, quando foi descoberto o crime, e não uma vez como foi observado durante as investigações, e ainda, de documentos juntados ao processo, sem o conhecimento dos defensores. Ao final dos trabalhos, o Juiz Gilberto Pinto Fontoura, revelou que pela complexidade verifica no andamento do processo e com as ações recursais apresentadas pelos defensores, o julgamento das rés, que poderia ocorrer ainda este ano, ficará para meados de 2022.

Foto: Edgar Vaz/Rádio Osório