O  Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) e a Brigada Militar em Osório desencadearam nesta sexta-feira, (5), operação para combater o tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas em um condomínio residencial do Programa Minha Casa, Minha Vida em Santo Antônio da Patrulha. Além de armazenar drogas em apartamentos próprios e alugados, o grupo também obrigava moradores, mediante ameaça, a guardarem os entorpecentes. Há casos de pessoas que tiveram de abandonar seus apartamentos.

Dos 17 mandados de prisão, 11 são cumpridos em Santo Antônio da Patrulha, um em Canoas e cinco em penitenciárias de Charqueadas e Osório. Os 40 mandados de busca e apreensão estão sendo cumpridos em Santo Antônio da Patrulha, Canoas, Nova Santa Rita, Charqueadas e Osório. Além disso, o MPRS pediu o bloqueio judicial de 10 apartamentos no condomínio.  A investigação verificou que a facção, comandada por dois irmãos recolhidos na Penitenciária Modulada Estadual de Charqueadas, trazia a droga de outra cidade, provavelmente de Canoas, e a estocava em residências próximas e em apartamentos dentro do condomínio. O grupo adquiriu ou alugou cerca de 20 apartamentos no residencial em Santo Antônio da Patrulha, os quais eram utilizados para moradia, fracionamento e armazenamento de drogas. A venda dos entorpecentes ocorria em frente ao condomínio, à luz do dia, e os moradores que não colaborassem com essa prática eram obrigados a deixar o local. Além disso, perpetuava a lei do silêncio, pois os moradores não se sentiam seguros em denunciar os envolvidos com o tráfico de drogas no local, por medo de represálias. Pelo Ministério Público, a operação Retomada é conduzida pelos promotores de Justiça Camilo Vargas Santana, de Santo Antônio da Patrulha, e João Afonso Silva Beltrame, coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Pela Brigada Militar, atuaram o efetivo de inteligência e operacional do Comando Regional de Policia Ostensiva do Litoral (CRPO Litoral) do 8º BPM, do Batalhão de Operações Especiais (Bope), do 1º Batalhão de Polícia de Choque (1º BPChoque) e do Canil Central do 1º BPChoque. Na Região Metropolitana, o efetivo do Bope atuou sob o comando do tenente-coronel Santos Rocha. Os números finais da operação serão divulgados na manhã desta sexta-feira(5).

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