Uma mulher identificada como Mariele Gomes Ferreira, 34 anos, que foi denunciada pelo Ministério Público de Tramandaí, após matar um bebê recém-nascido, e descartar  o corpo em uma lixeira em  2017 será julgada pelo Tribunal do Júri de Tramandaí. A sessão iniciará  às 9h da próxima quinta-feira,(1).  Mariele, na época com 28 anos, utilizou cintas abdominais, shorts com extensão abdominal e protetores de seios, para ocultar do companheiro e dos familiares a gravidez.  Em 11 de junho de 2017, por volta das 23h, ao entrar em trabalho de parto, ela foi até o banheiro do andar de baixo da residência onde morava com o companheiro e outros familiares, na Zona Nova de Tramandaí, e deu à luz a uma criança do sexo masculino. Para matar o recém-nascido, ela o asfixiou enfiando uma bucha de papel na sua boca.  Posteriormente, colocou o bebê e a placenta em uma sacola plástica e deixou no armário do banheiro. Para maquiar os barulhos e eventual choro do bebê, ligou o secador de cabelos e o chuveiro. Depois, limpou todo o banheiro, e no dia seguinte, descartou o corpo, em uma lixeira na Av. Rubem Berta, sendo encontrado por um catador de lixo.  O crime foi cometido mediante asfixia e por motivo torpe, pois a intenção da ré era não estabelecer qualquer vínculo afetivo com o filho. Serão ouvidas quatro testemunhas (três arroladas pelo Ministério Público e uma da defesa), antes do interrogatório da ré. Atuarão na acusação, os promotores de Justiça André Luiz Tarouco Pinto e Karine Camargo Teixeira. A ré, atualmente com 34 anos, responde por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, asfixia e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.

Foto: BM/ Divulgação (local onde foi encontrado o corpo da vítima)